Mensagens de Moisés

"Se o grão de trigo não morre não produz fruto". (Jo 12, 24)

"Se o grão de trigo não morre não produz fruto". (Jo 12, 24)

Faltam poucos dias para a sua morte e Jesus começa a falar de si mesmo, dando o significado de sua existência, sua morte será dolorosa, humilhante, ele será caluniado, esbofeteado, escarnecido, pregado numa cruz para congregar as ovelhas dispersas. A morte é o alto preço a ser pago por isso, Jesus deveria ser levantado da terra, no madeiro da cruz para que os discípulos pudessem entrar neste mistério, Jesus diz: "Se o grão de trigo, que cai na terra não morre, ele fica só. Mas, se morre, produz muito fruto" (Jo 12,24).

Aquele grão de trigo é Ele, o Cristo Rei do Universo celebrado neste mês de Novembro é Ele. Um reinado sem trono ou glória, com a morte de si mesmo, e no alto da cruz traçar um sinal de amor extremo; ali o grão de trigo morreu para dar frutos, Jesus, CRISTO REI - GRÃO DE TRIGO nos deu a possibilidade de nos tornarmos filhos de Deus, gerando um povo novo, uma nova criação a partir do calvário.

Utilizar o grão de trigo como simbologia, foi uma forma de explicar sobre o sentido da vida, da morte e também da ressurreição.  A morte do grão do trigo significava morrer para o mundo, para si mesmo, em nome de um projeto de salvação. O grão de trigo, lançado em terra para se transformar em planta se despe de sua casca, se desnuda e ressurge  com nova aparência por dentro e por fora. De fato, esse grão conservará alguns de seus elementos, porém terá renascido para uma nova vida em que dará origem a muitos outros grãos. É uma simbologia fantástica, tão simples e complexa ao mesmo tempo, porque nos diz sobre eternidade com Deus, e isso é o que de há maior no mundo inteiro, e coube em um pequenino grão de trigo.

Jesus poderia ter usado o exemplo de qualquer outro grão, mas ao falar sobre trigo, Ele fala de si mesmo: trigo é pão, Ele era o Pão da vida, que haveria de morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Deixaria a aparência física de homem, nascido de  mulher, para receber um corpo glorioso e ser elevado ao céu. Grãos de trigo são pequenos, de forma oval, com uma fenda no comprimento e recoberta por uma casca dura, no interior da casca encontram-se o amido e o glúten, substâncias que, além de preciosas para a alimentação, dão à planta a força necessária para que ela cresça. A transformação do grão em planta é visível, mas acontece primeiramente no interior, porque lá no íntimo do grão é que está a força necessária para seu desenvolvimento.

A morte de Jesus foi gerada primeira no coração do Pai, depois em seu coração que aceitou o projeto do Pai e depois no seu corpo. A decisão de morrer para si, de abraçar o projeto de Deus é nossa, mas a Obra de transformação é de Deus.  O grão tem a vida em si mesmo, mas não brotaria em forma de planta, se não houvesse quem o regasse, cuidasse para não ser arrancado da terra pisado e lançado fora. Assim é Cristo para conosco, aquele que se entrega a Ele é aperfeiçoado para ressuscitar no último dia. “Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;  Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele”. (Romanos 6,5-9)

No dia de Pentecostes Pedro prega e três mil pessoas de todos os povos e nações são transformadas num só dia, uma semana depois mais de cinco mil pessoas, e até hoje, podemos constatar em nossa Comunidade Filhos de João Batista, que o CRISTO REI – o SENHOR GRÃO DE TRIGO, que morreu naquele dia e ressurgiu, nunca mais parou de dar frutos, como espigas fecundas.

 

Moisés Rocha - Fundador Com. Filhos de João Batista

 

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